Morreu nesta quarta-feira dia 27 de novembro, aos 88 anos, Nilton Santos, ex-jogador e ídolo do Botafogo. Ele foi internado no último domingo por causa de uma insuficiência respiratória e cardíaca. Ele havia passado por uma melhora nos últimos dias, mas não resistiu às complicações na noite da última terça-feira e faleceu no início desta tarde. Ex-companheiros e personalidades do esporte lamentaram a perda. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) também emitiu nota de falecimento e decretou um minuto de silêncio nos próximos jogos.
Nilton Santos disputou 718 jogos pelo Alvinegro. Ele divide
o posto de maior ídolo da agremiação com Mané Garrincha. O velório do ex-craque
será realizado na sede de General Severiano, a partir das 20h. O time jogará de
luto contra o Coritiba, domingo, às 17h (de Brasília), no Couto Pereira, pelo
Campeonato Brasileiro.
O ídolo deixa a mulher Célia, que reside em Araruama, cidade
localizada na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, desde o fim de 2012, quando
passou a ser cuidada pela irmã em razão de um tumor cerebral. O casal não tinha
filhos.
Nilton Santos apresentava dificuldades de locomoção por
causa de problemas médicos e precisava do acompanhamento de enfermeiros. Nos
últimos anos de vida, o ex-jogador pouco deixava a clínica de repouso, já que
dependia do Botafogo para qualquer atividade diferente.
A bandeira na sede do clube está em meio mastro. Nilton
Santos foi tratado com bastante atenção pela diretoria comandada pelo
presidente Maurício Assumpção nos últimos anos. Dirigentes estavam
constantemente em contato com o ídolo e bancavam a sua estadia em uma clínica
de repouso, local no qual estava internado por conta do Mal de Alzheimer.
Nilton Santos disputou quatro Copas do Mundo, foi bicampeão
pelo Brasil e eternizado pela Fifa como o melhor lateral esquerdo do século 20.
O ex-camisa 6 vestiu apenas três camisas: seleções brasileiras e carioca e, é
claro, o Botafogo.
Pelo Botafogo, Nilton Santos foi campeão carioca quatro
vezes (1948, 1957, 1961 e 1962) e conquistou dois Rio-São Paulo (1962 e 1964).
O lateral nunca perdeu uma decisão pelo Alvinego e foi eleito, em pesquisa
feita pela Fifa em 1998, para a seleção do século passado.
O Alvinegro foi a casa da "Enciclopédia do
Futebol" por 16 anos. O apelido surgiu quando o então jogador revolucionou
sua posição ao passar a atacar, em vez de apenas defender.
Fonte: esporte.uol.com.br/