quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O Autor ( Antropologia )



















No último dia 31 de outubro, o mundo perdeu um de seus maiores e mais importantes pensadores contemporâneos, o antropólogo e filósofo Claude Lévi-Strauss. Às vésperas de completar 101 anos, o pensador belga, de ascendência francesa, deixa um legado fundamental para o estudo das sociedades contemporâneas.

Formado inicialmente em Filosofia, o pensador aceitou, em 1934, o convite para lecionar na recém-criada Universidade de São Paulo (USP) motivado pela proximidade de tribos indígenas. Durante a estadia, Lévi-Strauss realizou algumas expedições pela parte central do país e por outras áreas da América do Sul, onde analisou e estudou o comportamento dos chamados “primitivos” e descobriu sua paixão pela Antropologia.

Alguns anos mais tarde, radicado nos Estados Unidos, escreveu um livro-relato sobre as viagens realizadas abaixo da Linha do Equador, “Tristes Trópicos”, em que conta suas experiências com os índios, juntamente com o livre exercício de narração dos fatos que estavam guardados em sua memória.

Ainda na América do Norte, o antropólogo desenvolve uma tese que incorpora elementos da Linguística de Saussure – que passa a estudar a língua como um sistema em que todos os elementos estão interligados – e acaba por desenvolver um de seus trabalhos mais importantes: a antropologia estrutural. Utilizando-se de princípios das ciências, desenvolveu um pensamento objetivo capaz de desvendar elementos universais e atemporais do espírito humano.

Entretanto, o trabalho de Claude Lévi-Strauss não se resume apenas ao Estruturalismo, abrangendo uma linha de pesquisa bastante vasta e de suma importância para os estudos e pesquisas, não apenas da Antropologia, mas das Ciências Humanas.

Por Taysa Coelho, do "Olhar Virtual"
Retirado do Blog Traços do que Vejo de Ana Helena Ribeiro Tavares.

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