domingo, 31 de outubro de 2010

Sobre nossa Independência - Parte 3

Alguns dos principais movimentos:
Houve antes vários movimentos pequenos que não vieram a influenciar a Independência desde o século XVII, mas vamos falar dos mais recentes e importantes:

Inconfidência Mineira (1789) – Desde metade do século XVIII, há uma queda acentuada na mineração, apesar desta decadência, o Marquês de Pombal determina a derrama, com isso começa uma conspiração organizada da elite que se revolta com esta cobrança desmedida.
O movimento não chega a lugar algum, pois antes disso, os planos são delatados e presos os envolvidos, sendo condenados, e um em especial o alferes Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) em que recai o papel de líder, com enforcamento e esquartejamento para servir de alerta às idéias de independência.

Conjuração do Rio de Janeiro (1794) – Nesta época a Coroa preocupada com as tensões coloniais, recebe denuncias de reuniões noturnas e de ideais subversivos de integrantes da Sociedade Literária e os prende antes de alimentar qualquer ação conspiratória. Para a Coroa foi desbaratada mais uma rebelião local.

Revolta dos Alfaiates (1798) – Com este nome fica conhecida à conjuração baiana que dentre os movimentos foi o que mais abarcou as camadas mais pobres, apesar da liderança elitista que nasceram nas lojas maçônicas.
Quando o Governo Geral do Brasil é transferido para o Rio de Janeiro, a estagnação econômica que já desde o declínio da exportação açucareira se acentua, criando uma insatisfação grande dos poderosos, como dos pequenos da sociedade baiana.
É interessante ressaltar que outra vez a Coroa reprime mais este movimento com a prisão dos intelectuais e os mais abastados, enquanto os das classes mais pobres são julgados e executados.

Revolução Pernambucana (1817) – De todas as regiões brasileiras é a que alimenta mais o antiportuguesismo desde as invasões holandesas, por ter perdido seu papel de importância na colônia, e por pagar caro pela estada do Reino ao Brasil em 1808, com mais impostos para sustentar a corte que fica no Rio de Janeiro.
Depois de se acender todas as discussões nas várias lojas maçônicas e amadurecer um ideal de libertação, com a posse de um novo governador que tem uma administração mais pelos interesses portugueses, a conspiração torna-se inevitável.
É também o movimento mais importante em qual quando reprimidos pela Coroa, tomam a cidade de Recife e proclamam a Republica de Pernambuco. Depois de algumas medidas populares trazendo o povo mais humilde a revolução, é enviado aos Estados Unidos, Inglaterra e Argentina, emissários para o reconhecimento da independência.
Em outra frente são enviados emissários as regiões vizinhos para aumentar o tamanho da revolução como Bahia, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, mas fracassam rapidamente.
Como Pernambuco não consegue o seu intento de reconhecimento internacional, nem de apoio em terras brasileiras, torna-se presa fácil à repressão portuguesa. São atacados por terra e encurralados pelo mar até se dispersarem. Os que não morrem em combates, são presos, e alguns torturados até a morte.
Porém este movimento deixa aceso entre suas cinzas à insatisfação da colônia com o governo português, e marcas de uma liberdade necessária para uma economia e política local.
Um fator preocupante para os portugueses é que esta rebelião aconteceu com o próprio rei em terras brasileiras, não era mais um sentimento de está distante da Metrópole, mas sim de cortar os laços de ser colônia explorativa dos portugueses de lá.


Henrique Rodrigues Soares

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