domingo, 23 de janeiro de 2011

Sobre nossa Independência - Parte 6














Revolução do Porto
O mais interessante que esta Revolução Constitucionalista em Portugal que foi vital para o caminho da Independência do Brasil.
A mudança de Lisboa para o Rio de Janeiro da família real, que no inicio foi uma solução, agora havia se tornado um problema, já que até pela posição geográfica o Rio de Janeiro era o centro do Império Português.
Perto da África, com livre mercado com ingleses, com as províncias ligados ao Rio pela centralidade da realeza, Portugal vai ficando como adjacente do Brasil.
Na realidade Portugal estava acordando pelo efeito desta inversão brasileira, até porque havia sempre vivido da exploração colonial, e agora tinha ficado a mercê de uma economia local muito frágil para os padrões europeus.
Com idéias revolucionárias do fim do absolutismo que já havia acontecido em todo continente, este movimento da cidade de Porto estabeleceu a convocação de uma assembléia constituinte sob o nome Cortes para cobrar e pressionar o rei a sua volta e o retorno dos monopólios portugueses.
A demora da decisão de Dom João VI em voltar, pois chegou a pensar em enviar seu filho, o príncipe Dom Pedro, só aumentava a revolta do povo português contra a monarquia, e a angustia em frente à miséria que assolava ao Reino Português.
A Revolução vencia sua primeira exigência, o rei retornava contra sua própria vontade no dia 26 de abril de 1821 com parte da corte, pois deixa seu filho como príncipe-regente do Brasil.
Porém a Assembléia das Cortes exigia também mudanças econômicas e políticas que subordinassem o Brasil ao antigo regime colonial. Foi retirado o poder do governo regencial de Dom Pedro no Brasil, extinguidos todos os tribunais e departamentos governamentais no Rio de Janeiro. Foi enviadas tropas para o Rio de Janeiro e Pernambuco para submeter o Príncipe, e também por serem os maiores centros ideais de independência.
Ao ver que o Rio de Janeiro e algumas províncias se rebelaram contra seus decretos, as Cortes tenta dialogar com cada província separada. Pernambuco e Ceará não aceitavam mais intervenções portuguesas, entretanto, os pernambucanos se mostravam querer uma independência própria. Minas Gerais hesitava no mesmo propósito, enquanto São Paulo se aliava ao Rio de Janeiro dando sustentação ao Príncipe-regente. No restante estavam subordinados as Cortes.


Henrique Rodrigues Soares